Tem sido comum algumas pessoas defenderem a proposição de possuírem arma particular, sob o pretexto de ficarem mais protegidas. Por outro lado, há os que defendem a troca de armas por livros. E você, de que lado está?
Hoje trago como destaque a palavra arsenal. Como sabemos, esse termo designa um estabelecimento para o armazenamento de armas, munições e explosivos, muito comum nas forças militares e de segurança.
De origem árabe, o seu significado data do século VII, relacionada, inicialmente, a um local para a construção de navios de guerra, que incluiria todo o equipamento militar necessário. Significou também, proveniente do italiano, o que hoje chamamos de estaleiro.
Mas, meu caro
leitor, considerando o título acima, o que é que tem a ver arsenal com educação? Inicialmente, pode não ter não muita
relação. Mas, dada as devidas permissões de sentido, em termos metafóricos,
podemos sim conectar essas palavras. Vamos lá. Por exemplo, os quartéis militares
possuem arsenais próprios, onde se guardam as armas e todos os artigos
necessários à sua manutenção e reparação. Ou seja, guardam-se neste local
elementos essenciais para a defesa de um país ou de áreas específicas de
atuação de determinadas equipes policiais.
Se o arsenal
bélico tem esse fim, de modo semelhante funciona o “arsenal educativo”, só que
este com um poder ainda maior. O arsenal educativo tem sua mira apontada para
combater a desinformação e a ignorância. Armas de fogo e seus semelhantes não
contribuem, primariamente, para o fortalecimento e segurança de uma sociedade. Armas
de fogo e seus itens semelhantes devem ser utilizados apenas pelos
profissionais das forças de segurança, pois são treinados e capacitados para
isso. Nas mãos de outros, apenas dificultam o trabalho da própria polícia.
Estamos em 2022. É um bom
momento para revestir o nosso próprio arsenal com o poder do conhecimento,
atentos à seriedade dos estudos científicos, capazes de salvar vidas e mudar o
mundo para melhor. Com o grande coração que cada um de nós temos, podemos
fortalecer o nosso arsenal com ferramentas ainda mais poderosas: amor, união
familiar, amizade, respeito, compreensão, isso sim muda o mundo!
O arsenal educativo também
engloba deleite. Quantos livros você pretende ler este ano? Vamos de mais
leitura e menos procrastinação! Afinal, ninguém quer chegar em 2023 com a
sensação de quem não aprendeu nada. Ou, até mesmo, com a sensação de quem não fez
diferença.
Sendo assim, devemos cobrar
veemente mais investimento no arsenal educativo, valorizando os professores, as
escolas e as universidades, assim, teremos um país forte, de pessoas instruídas
e capacitadas a alçarmos ao primeiro mundo. Politicamente, qualquer arranjo
contrário a isso é um sinal de alerta. Ter um país militar e belicamente forte
é posterior consequência.
A educação transforma, revigora, abre as portas
de vastas possibilidades aos seus pátrios. Se o seu arsenal educativo estiver
desabastecido, cuidado com a sua fragilidade e a capacidade que as outras
pessoas têm de te manipular.
Alan
M. César
Prof. Dr. em Estudos da Linguagem
Youtube: https://www.youtube.com/user/alanmcesar
Instagram: @alancaesar
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