Depende!
Um dos primeiros passos para ser considerado culto é estudar os preceitos da Gramática Normativa. Porque é na Gram. Normativa onde se encontra, de maneira estruturada, a forma correta de como se emite o som, de como as palavras devem ser escritas, constituídas e organizadas nas frases.
Isso mostra que o registro culto da língua está associado a certo prestígio social, inicialmente ditado pelo modo como renomados escritores escreviam. E essa forma de comunicação passou a ser considerada correta, identificando um padrão de bom uso da língua.
Vale lembrar que essa norma é convencionalizada, ou seja, o uso da língua por uma determinada camada letrada da sociedade define esse padrão formal. Em outras palavras, a definição do que é culto é ditada por pessoas. Portanto, se o falante apresentar dificuldades com o uso das palavras, ele pode incorrer em sérios problemas de inadequações gramaticais. Assim, quem não teve a oportunidade de frequentar a escola ou não gosta(va) de estudar/ler é um candidato a estar fora desse padrão.
Como pesquisador e linguista, defendo que não podemos cobrar de pessoas que não tiveram acesso à educação a mesma desenvoltura de quem a teve. Vale lembrar que a norma culta é uma das variedades de uso da língua. Ela deve ser usada em contextos formais. No dia a dia, empregá-la em algumas situações pode, aí sim, mostra-se inadequada. Em reuniões familiares (dada a intimidade entre os entes), encontro com os amigos etc., usar o registro formal pode parecer insolente ou ocasionar motivo de chacota. O “bem falar” ou o “bem escrever” depende do contexto. Em mensagens de whatsApp, por exemplo, abreviações simplificam e agilizam a conversa. Mas, sempre é bom reler o que se escreve antes de enviar a mensagem. Palavras erradas, mal conjugadas e fora da concordância podem denunciar que você possui domínio insuficiente da língua.
Por isso, é importante aprender na escola a norma culta. Preste atenção ao professor e não falte às aulas de português. Fora da escola – seus amigos, preocupados com diversão e o curtir a vida – não vão te ensinar esse tipo formal de registro.
Ao aprender o registro culto da língua, esse conhecimento pode refletir, positivamente, em vários aspectos da sua vida: no campo profissional, no desempenho em concursos públicos, em entrevistas de emprego etc. Sabê-lo, o ajudará, também, a se desviar das arapucas comunicativas empregadas pela vida.
Ser um bom escritor e um bom falante é ser aquele (a) que é poliglota na própria língua. Saber transitar em diversas situações do uso da nossa língua materna significa ser culto, ter cultura para os vários contextos de comunicação na vida. Gosto desse tema. Parabéns pelo blog.
ResponderExcluirAh, meu nome é Noelma Rafael.
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