O Doutor da Língua tem como objetivo trazer conhecimento sobre o uso das palavras e reflexões sobre o cotidiano das pessoas. Projeto idealizado pelo Prof. Dr. Alan M. César.
O Dia do Professor é um dia de homenagem à profissão mais linda e
importante de todas, mas que merece reflexões. Trata-se de uma ocasião que a gente fala de muita coisa boa:
das qualidades que nós, professores, temos. Mas há algumas coisas que não se podem deixar de lado neste
dia: a valorização e o respeito aos professores.
Pois, se há valorização, atrairemos bons professores, os
melhores mestres, capazes de fazer esse país chegar longe. Se há respeito aos professores, teremos alunos mais atentos,
mais críticos e mais sábios.
Um grande desafio, hoje, é lidar com os alunos que se sentem donos da sala de aula,
que praticam bullying com os colegas e, ainda por cima, têm o apoio dos pais. Isso
é certo? O que fazer?
No mais, se o seu sonho é ser professor, não desista.
Junte-se a nós. Não é uma batalha fácil, mas é possível. Não caia nesta conversa de que não vale a pena a docência, vale
sim, se este for o seu desejo. O discurso de descrença nesta profissão contribui para o
fracasso da nossa nação.
Ser professor é motivo de muito orgulho! Portanto, parabéns para quem nasceu com o dom de compartilhar
conhecimento e para você, também, que reconhece e respeita essa tão nobre
missão.
Feliz Dia do Professor.
Versão em vídeo: https://youtu.be/c_gopViFJNw?si=M9Ax0UMqMta6hAg2
Desta vez, vamos falar sobre a
origem da palavra MOEDA. Consequentemente, esse assunto nos revela como surgiu
o dinheiro. Ficou curioso?
MOEDA é uma peça de metal,
redonda, fabricada pelo governo para ser usada como meio de pagamento ou para
fazer transações monetárias. Aqui no BRASIL, uma das MOEDAS mais comum em
circulação é a de um real. Não dá para comprar muita coisa, um ovo talvez!?
Também podemos utilizá-la com
sentido figurado, a exemplo de valor comportamental, como em “A decência é
moeda de pouco valor para alguns”. (Houaiss, 2009)
Na língua portuguesa, o termo
moeda data desde o século XIII. A origem do nome MOEDA surgiu ainda antes de
Cristo. Este termo está relacionado ao local onde o dinheiro era produzido em Roma,
tratava-se de uma casa que ficava situada ao lado do templo da Deusa romana
Juno.
Ela ganhou o epíteto de Juno
Moneta por ser a protetora dos recursos financeiros. Mas, por que Moneta (que
derivou moeda)? Tudo começou porque o escritor Lívio Andrônico, considerado o
fundador da poesia épica romana, atribuiu o nome Moneta à Deusa Juno, devido a
este episódio: certa vez, os gansos, que ficavam próximo ao templo da deusa,
alertaram os romanos sobre a aproximação dos gauleses (povo celta que habitava
a Gália, antigo país no território da França atual. Por extensão de sentido,
indivíduo nascido na França).
Já que o verbo AVISAR, em Latim, é
Monere (de onde vem também monitoramento) e pelos gansos terem avisado,
supostamente, a Deusa Juno, ela ganhou esta adição ao seu nome: Moneta. Assim,
temos “Moneta” que derivou o nome moeda. Ou seja, MOEDA vem de MONERE (avisar).
É daí que também se explica a
origem do nome dinheiro, pois o referido templo ficava próximo ao local onde
eram derretidos os denários (moedas romanas da Antiguidade que correspondiam ao
valor de dez asses). O asse ou ás (as, em latim, cujo plural é asses) era uma
moeda romana de bronze, que depois passou a ser de cobre, em circulação há
época do império romano.
Se você não quiser ficar na sombra de ninguém, você precisa plantar a sua árvore.
Por isso, é importante aproveitar a oportunidade que a vida te dá de aprender.
Pode ser que amanhã, você precise pagar muito caro por uma informação que hoje te sai de graça, algo que o seu professor com carinho e profissionalismo preparou para você, ou até mesmo algum ensinamento de seus pais. Pode ser que amanhã, você não consiga passar em um concurso, que o seu sonhado emprego evaporou-se por uma entrevista mal sucedida, já que você não soube demonstrar segurança.
Tudo isso, porque você julga, na data de hoje, que aprender não é preciso. Que a escola ou a experiência dos mais velhos não te servem muito. Um futuro sem êxito pode ser fruto do seu desinteresse no agora, porque estudar, ler e observar a realidade parece ser chato, coisa de gente careta.
Resumindo, nunca desperdice a oportunidade de aprender, nunca é tarde. Todo mundo é bom em alguma coisa, invista naquilo que você gosta. Existe uma infinidade de oportunidades no mundo, acredite que com persistência, dedicação e paciência, você encontrará algo que te realize e te sustente. Para isso, caminhe na direção certa e se desvie daquilo que não te levará a nada, começando pelo "bestorol" que, propositalmente, te prendem ao mundo virtual e te transformam em mais um do grande grupo das massas.
Quero conversar com você que utiliza mecanismos de I.A (Inteligência Artificial) em seus estudos. Será que os dados fornecidos por esses “robôs” são confiáveis e seguros? Em pesquisas básicas, o nível de confiança neles é maior? Resumindo, posso confiar nos chats de Inteligência Artificial?
Recentemente, dado o grande sucesso do ChatGPT, resolvi fazer-lhe algumas perguntas, para testar a sua eficiência. Lembrando que esse Chat é uma espécie de chatbot on-line de inteligência artificial, desenvolvido pela OpenAI no ano passado (2022).
Infelizmente, o chat me apresentou alguns dados equivocados. No vídeo abaixo, mostro o detalhamento como o ChatGPT me respondeu:
Observe que ao pedir “três exemplos de palavras com encontro consonantal e três palavras com dígrafo”, essa ferramenta de I.A apontou o primeiro equívoco, ao dizer que GATO possui dígrafo. Sabemos que não há dígrafo, uma vez que todas as letras possuem o seu próprio fonema. Em seguida, o mesmo Chat apresenta mais uma informação equivocada: “A palavra "gato" não é um exemplo de dígrafo. Trata-se de um encontro consonantal, em que as letras "g" e "t" representam dois sons consonantais distintos”.
Piorou! Para o ChatGPT, GATO migrou para um caso de encontro consonantal. Como assim, se não há duas consoantes juntas? Perguntei-lhe novamente: Por que gato é um encontro consonantal, se o G e o T não estão juntos?
Como resposta, obtive: “Peço desculpas novamente, cometi outro equívoco. A palavra "gato" não é um exemplo de encontro consonantal nem de dígrafo. O "g" e o "t" em "gato" são consoantes independentes e não formam uma combinação especial. A palavra "gato" possui apenas consoantes isoladas. Sinto muito pela confusão causada e agradeço por apontar o erro novamente”.
De qualquer forma, o legal deles (ChatGPT), pelo menos, é o reconhecimento do erro.
Percebe que utilizei a minha inteligência (humana) para ajudar a inteligência artificial? Uma vez que orientei o referido chat a identificar o erro. Mais uma vez, para testá-lo e saber se ele havia aprendido, refiz a pergunta: “Me dê três exemplos de dígrafo”.
Mas, veja só o que ele respondeu: “Peço desculpas novamente pelo erro anterior. Aqui estão três exemplos corretos de palavras com dígrafos: Chave, Caminho e Fogo. Nesses exemplos, as letras "ch", "nh" e "go" representam dígrafos, pois combinam duas letras para produzir um único som”.
Ficou difícil. Parece haver um erro no algoritmo do ChatGPT, que insiste em apontar pelo menos um erro ao se listar exemplos de dígrafos. Em FOGO, contrariando esse chat, não há dígrafo e GO não é um dígrafo. Já "CH" (que tem som de “X”) e “NH” são dígrafos, portanto, os dois primeiros itens estão corretos.
O ChatGPT e os similares em I.A podem ser úteis para os seus estudos, mas é preciso ter certo conhecimento sobre aquilo que se pesquisa. Com os resultados em mãos, é preciso (ainda) verificá-los e lapidá-los. O que quero dizer é que as pesquisas dessa natureza, em chats de I.A, embora representem o caminho mais curto, não são ideais para quem está em fase de aprendizagem, em termos escolares, sob o risco de tomar erros como fatos verdadeiros.
Há, ainda, o risco de se compartilhar inverdades por aí, a exemplo de subentender que consoantes separadas são casos de encontros consonantais, como vimos. Suponho que esses chats catam o que está disponível na rede e não são capazes de distinguir dados verdadeiros de informações fakes.
Portanto, errar não pertence apenas à natureza humana. No mais, conto com sua inscrição e o seu like em meu canal no youtube:
O
nome Pelé se adjetivou! Para entender melhor esse processo, me diz uma coisa:
você é um Pelé em alguma coisa? Se sim, deixe seu o seu comentário.
Como
sabemos, Pelé é um substantivo, nome próprio e mundialmente famoso. Faz
referência a Edson Arantes do Nascimento, o Rei Pelé, que nos deixou no final
do ano passado, em dezembro de 2022. Graças a sua fama e por ser considerado o
maior atleta de todos os tempos, Pelé ajudou, fortemente, o futebol brasileiro
a alçar patamares invejáveis. E assim, por ser tão bom no que fazia, o seu
nome virou sinônimo de qualidade, de algo superior.
Esse
conceito ajudou a criar metáforas que vão além dos gramados. Em outras palavras,
por estar na língua do povo, Pelé virou verbete de dicionário. Pois é, o
dicionário Michaelis oficializou o nome Pelé como adjetivo para definir algo
que é extraordinário. Serve tanto para o masculino como para o
feminino. Observe estes exemplos:
João Dhonatan é o Pelé do vôlei.
Maria Leilane é a Pelé dos
musicais.
Ele/ela é o Pelé da física.
Observe
que ao atribuir o adjetivo Pelé a uma pessoa, você está dizendo que ela é
incomparável, única, excepcional, segundo o Michaelis. No entanto, há outras
variedades que compreendem o uso do nome Pelé como uma pessoa “esperta”. Por
exemplo:
Lump Seixus sentou no melhor
lugar da plateia… é um Pelé!
É
isso aí, no gramado, ninguém foi tão Pelé quanto Pelé. Fora dele, até com uma
Rainha namorou: Xuxa Meneguel. Ele partiu, mas eternizou o seu nome.
Competiu com Jesus Cristo e com a Coca-Cola no rol da fama. Fez parar guerras e
transformou o futebol em uma paixão nacional.
No
entanto, é possível, inclusive, que daqui a muitos e muitos anos, ainda seja
utilizado (pelas futuras gerações) o nome Pelé para caracterizar as pessoas
como extraordinárias ou espertas naquilo que fazem, ainda que não se saiba
exatamente quem ele foi.
Por
hoje é só. Fica a nossa gratidão ao Rei Pelé por tudo o que ele fez pelo
esporte brasileiro.
Você já percebeu que quando
estudamos as origens das palavras nos deparamos com frequência com algumas que
foram batizadas/criadas pelos povos originários. E hoje trago aqui dois bons
exemplos que identificam o local onde se mora.
A primeira delas é a palavra
CARIOCA. Como sabemos, CARIOCA é a pessoa que nasce(u) ou habita na Capital do
Rio de Janeiro. Só que, foneticamente, Rio de Janeiro e Carioca são palavras
distintas, não são? Já pensou, Rio Janeirense? Então de onde vem este termo? Explicando
de forma breve, CARIOCA foi o nome dado, pelos povos originários, a um riacho
cujas águas foram canalizadas e começaram a desaguar na Baía de Guanabara, ou
seja, em frente à “cidade maravilhosa”. Em outras palavras, CARIOCA vem do
tupi-guarani, em que kari significa homem branco e oca, casa. Etimologicamente,
temos: casa do homem branco. Ou seja, o percurso deste rio direcionava para
onde? À moradia dos homens brancos.
Uma outra palavra com origem no
tupi-guarani é a palavra POTIGUAR (potï'war). POTIGUAR é a pessoa natural ou
habitante do Estado do Rio Grande do Norte, trata-se de um
rio-grandense-do-norte. Em tupi, significa “Comedor de Camarão”. Novamente,
etimologicamente, temos: potï > camarão e war > comedor.
Por aqui, no RN, dizem que os
potiguaras (também conhecidos dessa forma) habitavam o litoral do Estado e
faziam diversas receitas com camarões, por isso se autodenominavam assim,
estendendo esse nome à região. E para falar a verdade, até hoje mantemos essa
tradição. Camarão é o carro-chefe de nossa culinária. Se você não é aqui do RN,
se vier e se não for alérgico, já sabe o que pedir, não?!
Anteriormente, falei da liberdade em saber a hora certa de
dizer NÃO. A maturidade em saber dizer NÃO pode representar a harmonia que você
precisa para a sua vida. Pois ao fazer isso, você não compromete os afazeres
que você já tem. Lembre-se de que ao dizer SIM, você está assumindo um
compromisso! E se você diz SIM contra a
sua vontade, a sensação de quem o recebe é de ausência de gratidão.
Por isso, existem métodos que podem tornar o uso do NÃO mais
fácil. Com base no que tenho lido a respeito, considero a seguinte tríade a
mais interessante: ELOGIAR + (2) NEGAR + (3) ESTIMULAR.
Vou explicar: vamos supor que você recebeu um convite para ir a um
determinado evento, no qual você NÃO pode ir. O primeiro passo é (ELOGIAR), você recebe o pedido como algo
legal, dizendo assim “que maravilha, fico feliz em vê-lo envolvido com esse
‘projeto, evento, causa etc…’”, fazendo isso, você valoriza a proposta
recebida, mostrando que ela é, de certo modo, importante para você.
O segundo passo é o NEGAR. E isso não deve ser visto como
algo deselegante. Diga que não pode ir, de forma
objetiva e clara. Que no momento você está envolvido com outros compromissos
pessoais. Não tente justificar.
E o terceiro consiste em (ESTIMULAR): embora você NÃO possa
se fazer presente, mas deseja sucesso a quem o convidou, mostrando-se
interessado em saber os resultados do evento, da festa, ou como tal compromisso
se passou.
Aplicando esse método, você parecerá sincero e quem o convidou, inclusive ele poderá até
agradecê-lo pelos bons votos. Mas, atenção, na etapa dois, em que você deve dizer NÃO,
cuidado para não tentar justificar. Ao tentar fazer isso, você está dando
oportunidade para o outro tentar te encaixar de algum modo no evento (falo
evento, mas pode ser uma reunião, um aniversário, um encontro religioso, mudar
de setor no trabalho, algo que represente algum tipo de compromisso para você).
Tentar justificar o seu NÃO é abrir espaço para que o outro
mude a data do evento ou encontre maneiras de te convencer, por isso que o seu
NÃO deve ser simples e objetivo, se preciso, diga que no momento, tal convite
ou tal proposta não se enquadra dentro dos seus propósitos. Tenha certeza que
você ganhará respeito e não desafeto.
Dizer NÃO é fortalecer o seu SIM. O seu SIM no momento certo
o tornará grande!
Nem sempre é possível dizer NÃO, quando isso ocorrer, tente
fazer acordos. Em casa, por exemplo, se você precisar ir ao mercado, atribua a
outra pessoa a missão de lavar a louça. Se for no trabalho, caso sua demanda
esteja alta, busque dividi-la com alguém. Nada melhor do que o equilíbrio, não?
Espero que tenha gostado deste post e que essa
informação te sirva de algum modo. Até a próxima.
Livro, de minha autoria, lançado pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte.
Apresentação do livro:
Neste livro, apresento um exame a respeito da codificação semântico-sintática de eventos que ocorrem com verbos de movimento transitivo, com o objetivo de tratar da relação entre o tipo de evento expresso pela construção de movimento transitivo (CMT) e os esquemas cognitivos por ela acionados, partindo do conceito de que o verbo de movimento transitivo (VMT) é um predicador de dois ou três argumentos que implica o movimento de, pelo menos, uma entidade de um lugar a outro.
A partir da observação dos contextos de uso de construtos com esse tipo de verbo, proponho uma rede construcional hierárquica que acomode os diferentes padrões que podem instanciar a CMT, tendo em vista aspectos da configuração argumental dos VMT e dos esquemas cognitivos subjacentes a esses padrões.
A base teórica que fundamenta esta obra conjuga diversos pressupostos, advindos da Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU), da Linguística Cognitiva (LC) e da Gramática de Construções (GC). Como veremos, as categorias de análise adotadas dizem respeito, principalmente, à transitividade, aos papéis semânticos, à prototipicidade, à semântica de frames, aos esquemas imagéticos e às metáforas conceptuais.
Os dados que alicerçam esta obra foram coletados das seguintes fontes: o Corpus Discurso & Gramática, o Banco de Sentenças da Justiça Federal do Rio Grande do Norte (JFRN), o Banco de Dados do Programa de Estudos Sobre o Uso da Língua da UFRJ (Projeto PEUL) e textos disponíveis on-line em sites de revistas de ampla circulação. Os resultados obtidos – investigados por meio de natureza dedutiva, com caráter metodológico que parte de uma abordagem quali-quantitativa – comprovam a existência de um esquema construcional, o qual sanciona três subesquemas e sete microconstruções que, por sua vez, revelam noções de movimento causado, movimento percorrido e movimento associado, organizado sintaticamente como SUJEITO + VERBO + OBJETO DIRETO + (SP).
Por fim, a produção deste livro tem origem em tese defendida no ano de 2021, vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.
Boa leitura!
Disponível para download em: https://www.uern.br/biblioteca/edicoesuern/default.asp?item=edicoes-uern-ebooks-2022
Não consegue negar os pedidos das pessoas, ainda que isso represente um sacrifício para você? É sobre isso que quero falar contigo!
Tenho certeza que você já se arrependeu algumas vezes por ter dado um SIM para alguém. E sabe por que isso aconteceu? Vamos pensar em alguns motivos: ao dizer SIM, você acaba de assumir uma responsabilidade. E se você for uma pessoa “de palavra”, você vai cumprir. Então, cuidado para quem você diz “sim”.
Quando você diz "sim", você contribui para a
felicidade do outro, ele sorri e vai embora! Ele não vai te fazer nenhum
questionamento! Agora, experimenta dar um não para ele, sem ponderar você vai
ouvir um belo "por quê?". Lá vai você ter que dar justificativas, não
é? E aí? Vale a pena deixar a sua vida de lado em função de realizar, por
exemplo, as tarefas dos outros?
Quando você não está disponível e diz SIM, você está sendo
desleal consigo mesmo, além de prejudicar seus próprios afazeres ou sua vida,
seus compromissos, seu descanso, certamente você vai entregar ao outro algo ou
até mesmo um produto desinteressante.
Dizer SIM para algo que você não tem interesse, ou não tenha
tempo de ir, é gravíssimo. E as pessoas percebem… sabe por quê? Porque o seu
desinteresse vai torná-lo uma pessoa ausente, seu corpo está lá, mas sua mente
não: estarás em outro lugar, em seu local de interesse ou de preocupação. O que
eu quero te mostrar é que o seu SIM vale muito, por isso só o diga se você for
capaz de se conectar, de alguma forma, com aquilo que você está assumindo. Não
diga SIM à toa, não caia em descrédito. Não há nada pior do que falar e não
honrar!
O SIM é uma palavra fortíssima que tem poder. O SIM é
afirmação, aprovação. É consentir algo a alguém, por isso o utilize para
facilitar os seus caminhos e não para criar mais obstáculos para sua vida. Em
outras palavras, o seu SIM pode ser negativo, ao passo que o seu NÃO pode ser
positivo.
Para finalizar, comenta aí: o seu SIM já te trouxe algum
tipo de problema? E que tal compartilhar este post com alguém que ama dar um
SIM, em seus múltiplos sentidos.
Fico aguardando!
No post anterior, falo a primeira parte sobre o poder da
palavra NÃO.
Bem-vindos! Hoje, o assunto é destinado a você que tem dificuldade de dizer NÃO: hoje, NÃO!
Três letrinhas apenas e um poder incrível de mudar a sua vida. Quando você diz SIM, você automaticamente assume uma responsabilidade. Do outro lado, temos o NÃO. O NÃO é uma decisão! Na maioria das vezes, uma SOLUÇÃO!
Quanto mais experiência de vida você tem, maior vai ser a sua clareza em dizer NÃO, sabe por que?
Porque você não tem tempo a perder com convites, eventos, trabalhos ou projetos que apenas te desviam do seu caminho, sem falar em alguns compromissos que são desnecessários ou chatos.
É terrível a sensação de estar perdendo tempo, não é?
A experiência de vida aumenta a nossa percepção para sabermos o que nos agrada. Falar NÃO quando é preciso é um gesto singular, respeitoso com o próximo, porque o outro não vai ficar na expectativa e na angústia aguardando por uma resposta.
Pois, como falei anteriormente, fazer algo que você não quer, porque não sabe dizer NÃO, é ser desonesto com você mesmo, além de correr o risco de estar ludibriando o outro.
Pensar neste assunto, me levou a seguinte analogia:
O “não” é semelhante a passos que te levam aonde queres! Para cada um NÃO, um PASSO! Para cada SIM, uma PARADA. Já pensou nisso?
Talvez por isso seja necessário navegarmos em um mar de NÃOS para não atracarmos ou colidirmos em um “iSIMberg” .
… Entendeu?
É preciso que as pessoas entendam que assim como elas têm as suas prioridades, você também tem as suas. E, muitas vezes, é preciso que você se coloque em primeiro lugar, dizer NÃO é questão de saúde mental. Isso não quer dizer que você tem que sair por aí disparando negativas para todo mundo, de forma alguma, para algumas pessoas será necessário dar-lhes um SIM, em algum momento, por elas valerem ou merecerem o seu sacrifício. Até aí tudo certo!
Mas, dizer SIM está muito mais para a exceção do que para a regra, pois, na maioria das vezes, um não, além de te fazer bem, também, pode fazer bem para o outro: fazer com que o outro saia da sua zona de conforto, que o outro ganhe autonomia e se torne independente. Neste momento, imagino que você tenha pensado em alguém que precise ouvir um NÃO seu.
Alguém te sobrecarrega? Em casa, no trabalho, na amizade? Por aí vai…
Para não me estender muito, no próximo conteúdo, na Parte 2, a gente continua com essa conversa. Lá vou te dar dicas preciosas de como dizer não. Aguardem…
Recentemente, falei para um amigo que em seu aniversário, deveríamos ir vestidos de índio, já que a data do aniversário dele é o dia 19 de abril. Ele me olhou e disse: “Não é dia do índio. É o dia dos povos indígenas”. Hã!? Como assim? Mudou? Estamos diante de um conflito linguístico?
Para começar, embora as palavras “índio” e “indígena” em muitas situações pareçam dizer a mesma coisa, elas são etimologicamente diferentes. Vamos começar com a palavra índio.
A origem da palavra índio se formou a partir do nome da Índia, isso porque Cristóvão Colombo acreditava que sua viagem, através do Atlântico, o levaria à Índia. Só que ao chegar no novo continente, pensando que estava na Ásia, chamou os seus habitantes de “índios”, por pensar que havia chegado na Índia. Em outras palavras, a denominação “índio” nada mais é do que um equívoco de Colombo, que, ao chegar na ilha de Guanahani, em 1492, pensou ter chegado às Índias, quando na verdade ele tinha chegado à América, mais precisamente nas Bahamas. Naquela época, os europeus chamavam todo o sudeste asiático de Índias, por isso o termo ficava assim: no plural.
Lembrando que Cristóvão Colombo foi o primeiro europeu a chegar nas terras do continente americano, chamado de Novo Mundo. Ele foi tão importante para a nossa história que o seu nome “Colombo” inspirou o nome de um país, Colômbia, legal, né? Há quem diga que ele foi o primeiro homem a comprovar que o mundo era realmente redondo. E só depois de oito anos da descoberta do Novo Mundo, é que Pedro Álvares Cabral chega aqui, no litoral Brasileiro.
Já a palavra índigena, por outro lado, é uma composição linguística que vem da palavra latina indigena cujo significado era “de alí/ de lá”. Por extensão de sentido, essa palavra designava um habitante nativo, primitivo de um lugar. Há também uma raiz indo-europeia nela, pois o “gen” de seu nome denomina “parir, dar à luz”, a mesma base, por exemplo, utilizada para a palavra genealogia.
Assim, temos dois termos distintos, empregados desde o século XVI, e que geram polêmicas, pois o uso da palavra índio pode ser considerado discriminatório, pejorativo, sob o ponto de vista de alguns países aqui da América, a ponto de redações de diversos meios de comunicações e organizações políticas recomendarem em seu lugar a palavra indígena.
Em dicionários europeus, o nome indígena ganhou registro somente a partir do século XIX com o sentido de “aquele que é natural de uma país”. Então, o que isso pode dizer? Que todos nós somos indígenas, pois somos nativos de algum lugar, seja você índio ou não.
Observe que índio está relacionado com o país da Índia. Em espanhol, quem mora na Índia é chamado de índio. Em inglês, indian significa tanto “indiano” quanto “índio”. Há, portanto, uma forte proximidade fonética entre índio e indígena, fato que proporcionou esse problema de as pessoas entenderem que apenas os habitantes do Novo Continente poderiam ser chamados de indígenas.
Agora, vamos retomar às polêmicas quanto ao uso desses termos. Há os que não veem problema em usar a palavra “índio”, pois alegam que não há nenhuma evidência de que o termo índio é depreciativo. Pois, enxergam uma tentativa de eliminar o nome índio em função de agendas ideológicas, apoiando-se em movimentos do “politicamente correto”, a exemplo do que ocorre com a palavra escravo ao ser substituída por escravizado.
O grau de complexidade quanto ao correto nome atribuído aos nativos brasileiros só tem aumentado: índio ou indígena? Para evitar repreensões ou correções, parte das pessoas que lidam ou trabalham diretamente com a linguagem tem optado por codificá-los como povos originários. Expressão que também abarcaria a todos, pois (todos nós) somos originários de algum lugar. Cadê as distinções?
Não estou aqui para tomar partido de qual palavra está correta, longe de mim. Até entendo que a confusão causada por Cristóvão Colombo precise ou precisasse ser desfeita, mas o que me chama atenção, em termos linguísticos, é que o uso define a língua. Ou seja, eliminar termos como gordo, vesgo, careca etc., cuja tentativa tem seus motivos, não será uma tarefa fácil, pois são termos curtos que estão no cotidiano das pessoas. As palavras quando bastante usadas tendem a se degastarem, vossa mercê me entende?
A opção, orientação ou determinação para se falar “pessoa portadora” seguido do nome de sua condição física, a exemplo de “portador de estrabismo” se põe como um desafio para algo que está enraizado, é cultural! Mas, se é para o bem de quem sente na pele ser chamado de termos que machucam, tais causam são mais que justam.
Ah... voltando ao aniversário do meu amigo no dia 19 de abril: se me chamar, no próximo ano, eu vou. Como é que vocês acham que devo me vestir: de índio, indígena ou de povos originários? Brincadeiras à parte, o meu respeito, carinho e gratidão aos povos nativos de nosso país, pela bravura e por manter nossas raízes.
Você sabe por que somos chamados de Latinos? De onde vem essa palavra? Como ela evoluiu? Onde ela é empregada? Quer saber (só) um pouquinho sobre isso?
Originalmente, o nome “Latino” era o gentílico das cidades da Região Lácio. Roma, por exemplo, faz parte de uma dessas cidades.
O nome “latino” também foi aplicado à língua: língua latina. Como sabemos, esse termo se refere aos povos da América e da Europa em que se falam línguas derivadas do latim, como também é uma forte língua utilizada pela Igreja Católica, já que importantes documentos emitidos pelos Papas no Vaticano foram em Latim. Mas, não vamos esquecer que o latim é considerado uma língua extinta. Isso quer dizer que, hoje, não há mais falantes utilizando o latim como meio de comunicação? Exatamente! Pois, não se vê ninguém falando latim na vida cotidiana.
Em outras palavras: uma língua é definida como morta quando o seu último orador morre. E veja que interessante: mesmo sem falantes nos dias de hoje, a língua latina permanece como a base cultural da nossa civilização, já que é a língua que originou a nossa.
A origem da palavra Latino na verdade está submersa em lendas ainda dos tempos homéricos, que datam antes de Cristo. Há versões que dizem que Latinus era o rei dos povos primitivos da península italiana, durante a Guerra da Tróia. A partir disso, várias outras versões divergentes existem.
O que é certo nessa história é que o nome Latinus foi tomado pelo Império Romano, tanto na comunicação como na parte cultural. Mesmo após a sua queda, os países conquistados por Roma passaram a ser chamados de latinos, inclusive utilizando-se o latim como língua.
No entanto, o nome Latino só atravessou o oceano na segunda metade do século XIX, quando intelectuais do imperador Napoleão III cunharam a expressão “América Latina” para justificar a invasão do México e a imposição de Maximiliano como imperador. Ou seja, o conceito de "América Latina" é relativamente novo. É originalmente um conceito francês, já que na França era comum a ideia de uma "raça" latina. O que se tinha, na verdade, era uma justificativa ideológica para manter o imperialismo francês no México, com o objetivo de criar certa afinidade cultural com a França.
Com relação a ideia de “América Latina”, seu emprego estava voltado apenas à América espanhola, o que excluía o Brasil anteriormente, pois o Brasil era colonizado por Portugal. Depois com a popularização do termo nos EUA, o Brasil passou a ser incluído. Fato que merecia uma longa explicação aqui…
Como se pode ver, o termo "América Latina" vai além das questões geopolíticas, pois é utilizado para reforçar também as diferenças culturais, entre brancos europeus e nativos deste lado de cá.
Bem, viu que esse assunto vai longe, né!? Se você quiser acrescentar alguma informação ou até mesmo retificar algo que falei, deixe aqui o seu comentário. Até a próxima.
Você sabe de onde vem o nome algoritmo e por que ele está tão em evidência?
Estamos em um momento em que o termo inteligência artificial (IA) está em alta.
E IA e algoritmos têm tudo a ver.
No dia-a-dia, quando usamos os eletrodomésticos de nossas casas, quando conduzimos o nosso carro, quando utilizamos plataformas de tradução de idiomas, tudo isso está situado em algum nível de uso da IA.
Seja na matemática, na lógica ou na informática, o algoritmo pode ser entendido como um conjunto de instruções que permite realizar uma tarefa de maneira automática. A tradução dessas instruções possibilita a criação de softwares, ou seja, é a materialização dessas sequências que faz com que os programas atendam ao nosso comando.
Se me perguntarem: Professor, até aqui tudo bem! Mas, por que o termo algoritmo?
Vamos lá.
A palavra algoritmo fornece o nome do matemático e astrônomo árabe Abu Jafar Maomé ibne Muça Alcuarismi. Ele habitou "este planeta" entre os anos de 780 e 850 e foi autor de uma das obras mais importantes da matemática medieval, traduzida para o latim no século XII com o título “Algoritmos para números indianos” (Algoritmi de Numero Indorum). Esta obra trata do sistema de numeração decimal criado pelos hindus, mas o significado de Algoritmo foi modificado ao longo dos anos até ser convertido na forma atual.
Então, veja bem:
Alcuarismi (nome dele) > Algarismo > Logarítmo.
Viu a semelhança? Percebe de onde vem este nome?
Resumindo, o radical de algarismo e algoritmo vem de algoritmi, que nada mais é do que a forma latina do nome de seu autor. Ou seja, ele deu o seu nome para formas matemáticas que ele mesmo descobriu. Nada mais justo, não!?
Até aqui tudo bem. Só que os algoritmos se transformaram na principal fonte da linguagem computacional. Por meio dele, a internet (a informática em si) é capaz de descobrir e interpretar dados baseados em nosso comportamento na rede. Hoje, por meio da internet, consegue-se decifrar o que queremos ver, isso nos aprisiona à tela do computador ou de um celular. Passamos horas…
Assim, as empresas que detêm tais ferramentas sabem o que queremos comer, beber, escutar, fazer etc. Por falar em escutar, já percebeu que quando queremos comprar algo, somos cercados por propagandas do produto almejado, desde uma simples busca no Google até dentro de nossas redes sociais. Ou seja, nossos smartphones "têm ouvidos".
Os algorítmicos provavelmente são manipulados para saber tudo de nossa vida, inclusive saber onde estamos em tempo real, fornecendo para algo ou alguém tudo ao nosso respeito, com base em nossos hábitos, no que pesquisamos, vemos ou falamos. Tudo captado pelos equipamentos conectados à rede.
Assim, os algoritmos entram naquela classe de invenções criadas para fazer o bem, mas que mal manipulados também podem trazer problemas. Andei vendo alguns conceitos nos dicionários sobre logaritmos e vi que eles os definem como procedimentos lógicos perfeitamente definidos que podem levar à solução de um problema em um número finito de etapas. Sinceramente, faria uma reformulação, adicionando: podem levar à solução ou a criação de um problema.
Para entender melhor do que estou falando, indico o filme “O Dilema das Redes”.
Bem, o meu objetivo era apenas apresentar a origem desta palavra. Já me estendi demais. Até a próxima.